Ao relembrar a partida precoce de Claudinho, Buchecha revelou, em entrevista ao podcast Bulldog Show, que o parceiro não queria sair de casa no dia em que morreu.

O artista sofreu um acidente de carro, que colidiu com uma árvore em 2002, na Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica. No dia do show, que aconteceu em Lorena, interior de São Paulo, Claudinho não quis ir na van e foi dirigindo.

“Eu não sou sensitivo, mas tem uma pessoa que falou que parece que quando a pessoa vai morrer, ela sente. Nesse dia o Claudinho não queria ir para o show, não. Aí eu falei para ele: mas o que eu vou falar para as pessoas? Porque se você não for, eu também não vou. E a gente não ia mesmo, mas depois a produção me ligou dizendo que o Claudinho tinha ido com o carro dele. Aí eu peguei a van com a equipe e fomos. Na volta aconteceu isso”, disse.

“Eu ficava, entre aspas, brigando com Deus. Brigando no meu íntimo. Eu falava “poxa, meu Deus, o cara que foi o responsável, a dupla só existiu por causa do cara. Ele que tinha essa visão de formar a dupla. Na hora da gente colher os louros, porque foram alguns anos de sofrimento, ganhando dinheiro bem escasso. Quando o cachê ficou legal, na hora dele colher, ele morreu com 26 anos. Muito novo. Ele foi dirigindo, quem voltou dirigindo foi o assessor dele, 70 anos já. Foi um monte de coisa que não deveria ter acontecido e que aconteceu”, lamentou.

Para lidar psicologicamente com a morte de Claudinho, Buchecha contou com a ajuda de amigos. Ele revelou também que um grupo de crianças foi essencial nesse processo.

“O que me fez voltar a cantar foi o apoio dos amigos de profissão. A Xuxa e a Ana Maria Braga também me deram muito apoio, mas uma coisa foi muito primordial para mim. Eu morava na beira da rua ali na Ilha do Governador, nessa época, e toda tarde tinha uma van escolar que parava em frente a minha casa e as crianças começavam a cantar ‘Fico Assim Sem Você’ e Buchecha, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver. Aquilo foi me tirando da depressão”, finalizou.

Confira a entrevista: